Lição 5
2 de Novembro de 2014
TEXTO
ÁUREO
"Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo,
e exalço, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades;
e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba"
(Dn 4.37).
VERDADE
PRÁTICA
A soberba é o
pecado que mais afronta a soberania divina.
HINOS SUGERIDOS 46, 244, 306
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LEITURA
DIÁRIA
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Segunda - Pv
8.13
Deus
aborrece a soberba
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S
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Terça- Pv 11.2
A soberba é
afronta
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T
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Quarta - Mc
7.20-22
A soberba é
o pecado do coração
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Q
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Quinta- 1
Jo 2.16
A soberba
da vida não é de Deus
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Q
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Sexta- Gn
17.1; Jó 11.7
Nenhuma
soberba resiste a Deus
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S
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Sábado - 2
Cr 26.3-21
O rei Uzias
e a soberba
|
S
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LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Daniel 4.10-18
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INTERAÇÃO
Deus abomina a soberba. Este sentimento pernicioso é um prenúncio da
queda (Pv 16.18). As conquistas de muitos impérios e o enriquecimento
contribuíram para que Nabucodonosor se
tornasse soberbo e altivo. Então Deus decidiu lhe ensinar uma importante
lição, assim como havia ensinado ao seu povo. O rei perdeu sua consciência e
ficou durante um período de tempo se comportando como um animal. Depois deste
período tão difícil, Nabucodonosor aprendeu que o Altíssimo está acima de
todo reino e poder humano. O Senhor é soberano, Ele remove os reis e os
estabelece.
Que a soberba não encontre guarida em nossos corações, nos fazendo
agir como tolos. Que sejamos humildes, honrando a Deus em toda a nossa
maneira de viver.
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Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Analisar:
a soberania divina na vida de
Nabucodonosor.
·
Saber:
que Deus falou com Nabucodonosor por
intermédio dos sonhos.
·
Compreender:
a fidelidade da pregação de
Daniel para o rei.
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ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
para introduzir a lição reproduza o quadro abaixo para seus alunos.
Utilizando o quadro, enfatize os pontos fortes de Nabucodonosor e as suas
fraquezas. Explique que este rei foi chamado, segundo o profeta Jeremias, de
"servo do Senhor" (Jr 25.9). Deus usou Nabucodonosor para
punir seu povo. O Senhor é soberano, Ele exalta e também abate. Porém, o
coração do rei se tornou soberbo e ele então experimentou o juízo de Deus.
Leia Provérbios 16.18 e conclua enfatizando os perigos da soberba.
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NABUCODONOSOR
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Pontos
fortes e êxitos
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Pontos
fracos e erros
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·
O maior dos reis da Babilônia.
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·
Considerou-se um deus e foi persuadido a construir uma estátua de
ouro que todos deviam adorar.
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·
Conhecido como um construtor de cidades.
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·
Tornou-se extremamente orgulhoso, o que o levou à insanidade
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·
Descrito na Bíblia como um dos governadores estrangeiros a quem Deus
usou para seus propósitos
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·
Tendia a esquecer-se das
demonstrações do poder de Deus que havia testemunhado.
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aptado
da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal,
CPAD, p. 1099.
Na aula de
hoje estudaremos o capítulo quatro de Daniel, cujo conteúdo consiste de um
testemunho pessoal do rei Nabucodonosor. O texto é narrado em primeira
pessoa, com as palavras do próprio Nabucodonosor.
Ele foi submetido a um estado de loucura, resultante de sua
soberba, que o levou a viver como um animal do campo por "sete
tempos", até que Deus o tirou daquela condição. Ao final desse período, Nabucodonosor
reconheceu a soberania do Deus dos cativos de Judá. Isso
porém não quer dizer que ele tenha se convertido ao judaísmo.
A história
revela o que ocorre com os que se
exaltam
é um texto
instrutivo, por isso foi permitido que uma narrativa de um ímpio fizesse parte
do Canon bíblica.
e se tornam soberbos ante a majestade do
Todo-Poderoso. A trajetória de Nabucodonosor demonstra a soberania divina sobre
toda a criação, pois nenhuma criatura
pode usurpar a glória de Deus. Aqui
pode ser referenciado o episodio em que o rei Herodes aceitou a honra que seria
dada a Deus. Atos 12.22-23
O episódio ilustra também que a misericórdia e
a justiça divinas são capazes de salvar o homem arrependido.
I. A PROVA DA SOBERANIA DIVINA (Dn 4.1-3)
Ø Nabucodonosor, chamado por
Deus para um desígnio especial (Jr
25.9).
Segundo a
história, Nabucodonosor reinou na Babilônia no período de 605 a 562 a.C. Foi um
rei que Deus, dominador de todas as
nações do mundo, Nabucodonosor não sabia que o Deus de Israel era o
Criador e sustentador do mundo, Deus controla o universo e até mesmo Satanás só
tem autoridade até onde Deus permite.
levantou para
um desígnio especial, permitindo que o seu reino prosperasse e crescesse em
extensão. O profeta Jeremias diz que Deus
chamou a Nabucodonosor de "meu servo" (Jr 25.9).
Não que ele tivesse no mesmo patamar de Daniel
perante o Senhor, mas porque ele era um instrumento nas mãos de Deus.
Na verdade, Nabucodonosor foi o instrumento
divino de punição do povo de Deus. Israel foi castigado por ter abandonado o
Senhor e tomado o caminho da idolatria e dos costumes pagãos.
Ø A soberba de Nabucodonosor.
Apesar de ser um
"instrumento" usado pelo Senhor, segundo o pastor Matthew Henry,
pastor
e comentarista bíblico da Inglaterra do século XVII.
"Nabudonosor foi o rival mais ousado da soberania do Deus Supremo
quer
dizer que ele foi o que mais ousou desafiar o Senhor, os fatos que marcaram
essa ousadia foram ao tomar os utensílios do Templo e destruí-lo e ao construir
a estátua de ouro e exigir adoração a ela.
do que qualquer outro mortal jamais pudesse
ter sido". Traspassado pela
presunção, quer dizer que a presunção atravessou seu coração.
Presunção é achar que é algo que não é, assim Nabucodonosor achava que tinha
status de divindade.
Nabucodonosor ficou longos
"sete tempos" numa situação irracional à semelhança dos animais do
campo (Dn 4.28-33). Só assim o
soberano caldeu viu ele teve que ter sua saúde mental abalada para
saber que ele é pó. E não só ele, mas todos os súditos puderam ver que ele não
está nem perto de ser divindade. Muitas pessoas só reconhecem que tem
limitações no leito do hospital, somente ali se lembram que precisam de Deus.
que o Altíssimo está acima dele.
Ø Nabucodonosor proclama a
soberania de Deus (Dn 4.1-3).
Depois de ter experimentado a punição de sua soberba, Nabucodonosor se
arrependeu do seu pecado e foi restaurado de sua demência. Isso o levou a fazer
uma proclamação acerca do eterno domínio de Deus (Dn 4.34-37). O rei
babilônio aprendeu que o Senhor, em sua soberania, é aquele "que muda os
tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis" (Dn 2.21).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Nabucodonosor foi chamado por Deus para uma missão
especial, todavia ele deixou que a soberba dominasse seu coração.
II.
DEUS FALA NOVAMENTE A NABUCODONOSOR POR MEIO DE SONHOS (Dn 4.4-9)
1. Deus adverte Nabucodonosor através de um sonho.
Tanto no
Antigo como em o Novo Testamento os sonhos eram um dos canais de comunicação
entre Deus e o homem. No caso do sonho que teve Nabucodonosor, seus sábios e
adivinhos nada puderam revelar. O
rei, então, se lembrou de Daniel, os fatos milagrosos
que Daniel presenciou não foram muitos no período de setenta anos de cativeiro,
já fazia muito tempo que o rei tivera contato com Daniel desde a interpretação
do sonho. Daniel era fiel por conhecer a Deus ele não via milagres
constantemente para poder acreditar.
o único capaz de trazer a revelação do sonho que
certa vez ele tivera (Dn 2.1-45; 4.8). Obviamente, não se tratava de um sonho comum,
nem
todos os sonhos que envolvam a igreja são revelações de Deus, muitas pessoas
são supersticiosas ao extremo, acreditam que nos sonhos existem símbolos
permanentes, achando que se alguém sonhar com cobra, por exemplo, é falsidade
ou se sonhar com DINHEIRO seria sorte, etc. Mas o Senhor é
quem revela a interpretação e Ele não trabalha com uma tabela de símbolos. pois era uma revelação divina acerca do futuro de
Nabucodonosor. Apesar da narrativa, é importante frisar que hoje temos a Palavra de Deus como o canal revelador alerta oportuno
para aqueles que precisam o tempo todo de revelação. Professor (a), atualmente
muitos crentes ficam atrás de visão e revelação, porque são preguiçosos e não
querem ler a Bíblia, arrume um jeito de falar isso aí na sua classe sem ofender
ninguém. É impressionante como as pessoas querem se acomodar, não se esforçam
por buscar a Deus.
da vontade de
Deus aos homens.
2.
Daniel é convocado (Dn
4.8).
Interpretar
sonhos era uma habilidade espiritual
de Daniel era um dom concedido a Daniel, que ele não fazia
questão nenhuma de o apresentar para as pessoas. reconhecida desde quando ele entrou na Babilônia (Dn 1.17). Por
isso, Nabucodonosor contou-lhe o sonho que tivera e solicitou-lhe a
interpretação. Daniel ouviu atentamente o relato do rei e pediu-lhe um tempo, Daniel não fazia nada de improviso, ele gostava de
conversar com Deus primeiro para tomar a correta atitude.
pois estava
atônito e sem coragem para revelar a verdade do sonho (Dn 4.19).
3. Daniel ouve o sonho e dá a
sua interpretação (Dn 4.19-26).
Dos
versículos 9 a 18, Nabucodonosor conta a Daniel todo o seu sonho. O rei viu uma
grande árvore de dimensões enormes que produzia belos frutos e que era visível
em toda a terra. Os animais do campo se abrigavam debaixo dela e os pássaros
faziam ninhos em seus ramos (vv.10-12). O monarca caldeu "viu"
também descer do céu "um vigia, um santo" (v.13). Esse vigia
clamava forte: "Derribai a árvore e cortai-lhe os ramos" (v.14).
a)Uma árvore
majestosa (vv.11,12).
A ár vore
indicava a formosura, a grandeza, o poder e a riqueza do reino de
Nabucodonosor. Ninguém na terra havia alcançado todo esse poder antes dele.
Daniel declarou que aquela árvore que seria cortada era o rei babilônio (Dn
4.22). Assim é a glória dos homens, como uma árvore que cresce e se torna
frondosa e, de repente, é derribada. Da mesma forma, Deus destrói os soberbos.
b) Juízo e misericórdia são dem onstraçõ es da sob erania divina.
O texto do versículo 15 diz que a ordem divina
era que "o tronco com suas raízes seriam deixadas na terra",
indicando que a intenção não era destruir a Nabucodonosor, e sim dar-lhe a
oportunidade de se converter e reconhecer a glória de Deus. O rei foi tirado do
meio dos homens e ficou completamente louco, indo conviver com os animais do
campo por "sete tempos" (Dn 4.25). Depois, Nabucodonosor
voltou ao normal, mas logo em seguida seu reino foi sucedido por Belsazar que,
por profanar as coisas de Deus, perdeu o trono para Dario, o rei dos medos (Dn
5.1-31).
c) O papel dos anjos nos
desígnios divinos.
No sonho do rei, ele viu "um vigia" que
descia do céu com a missão de proclamar os juízos de Deus (vv.14,15).
No Antigo Testamento, os anjos tinham uma atividade mais presente na vida do
povo de Deus. Em o Novo Testamento, eles continuaram suas atividades em
obediência ao Criador, porém, para a orientação da igreja de Cristo, Deus
concedeu o Espírito Santo que a assiste em tudo.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Deus, por intermédio de um sonho, falou com
Nabucodonosor e o advertiu de sua soberba.
III. A PREGAÇÃO DE DANIEL
1. A pregação de Daniel.
Apesar de inicialmente ter
sentido certo temor após interpretar o sonho, Daniel deu um conselho a
Nabucodonosor que lembra a mensagem neotestamentária de Cristo à Igreja de
Éfeso (Dn 4.27 cf. Ap 2.5). Será que temos coragem de fazer o
mesmo diante dos poderosos dessa terra?
2.
O pecado de Nabucodonosor em
relação aos pobres.
Daniel diz ao rei que ele
deveria desfazer os seus pecados praticando a justiça, "usando de
misericórdia para com os pobres" (Dn 4.27). Em outras palavras, a
ntes d o p e c ad o p esso a l da soberba, o rei estava pecando social e
estruturalmente em relação aos menos favorecidos do reino. A atualidade desse
ponto é tão verdadeira que a mesma recomendação de cuidado aparece em o Novo
Testamento, no contexto da igreja (Gl 2.10).
Deus usa seu servo Daniel para revelar o sonho de
Nabucodonosor e aconselhá-lo a respeito do seu pecado.
Que Deus nos livre da soberba, pois ela é como uma doença contagiosa
que se aloja no coração do homem e faz com que ele perca o senso de
autocrítica, passando a agir irracionalmente (Sl 101.5; 2 Cr 26.16).
Estejamos atentos, pois a Palavra de Deus nos mostra que a soberba nos cega (1
Tm 3.6; 6.4), nos afasta de Deus e traz ruína.
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AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI
Subsídio Bibliográfico
"Cumprimento e
Destronização (4.28-33)
A falha de Nabucodonosor em prestar atenção e voltar-se para Deus por
meio de um arrependimento genuíno é um reflexo ilustrativo da fraqueza e da
perversidade humana. Doze meses se passaram e a visão apavorante desvaneceu-se.
Talvez a visão não viesse a se tornar realidade. Certo dia, em um momento de
glorificação própria, o rei começou a se exultar pelas suas grandes
realizações. Enquanto caminhava pelo 'terraço do palácio real', debaixo dos
seus pés estava o edifício mais esplêndido que a Babilônia já tinha visto,
adornado em ouro com ladrilhos lustrosos de cores brilhantes. Próximo do
palácio ficava a montanha artificial e os jardins suspensos construídos para
a sua rainha das montanhas da Média. Esta era a grande Babilônia. De uma
pequena cidade de um lado do rio Eufrates o rei havia dobrado sua área para
os dois lados do rio. Ele havia enchido com novas construções e templos com
uma arquitetura distinta. Ele a havia cercado com muros conhecidos pela
altura e largura.
Com esse tipo de visão enchendo a mente, podemos imaginar a soberba
do rei" (Comentário Bíblico Beacon. 1. ed. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2006,
p.514).
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AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICOII
Subsídio Teológico
"A loucura e a restauração (4.33-37)
Demente, o rei nivela-se a um animal, e passa a viver ao desabrigo,
em uma área onde a temperatura variava de 50 graus positivos no verão, a
abaixo de zero, no inverno. Recuperado, o rei finalmente responde
adequadamente ao Senhor. Nabucodonosor, então: 1) glorifica a Deus; 2) o
honra como o Rei supremo do Universo; 3) expressa sua total dependência da
vontade de Deus e, 4) reconhece que tudo o que ele faz é correto 'e pode
humilhar os que andam na soberba" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do
Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por
capítulo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.516).
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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, Roy B (Ed). Teologia do Antigo Testamento.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. 5 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD
nº 60, p.38.