sábado, 26 de julho de 2014



27 de Julho de 2014

 

Gerados Pela

Palavra da Verdade

 

TEXTO ÁUREO

 

 

"Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível,

pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre"

(1 Pe 1.23).

 

VERDADE PRÁTICA

 

 

Somente aqueles que foram gerados pela Palavra da Verdade são guiados pelo Espírito Santo.

 

HINOS SUGERIDOS 50, 106, 128

 

LEITURA DIÁRIA
 
 
Segunda - 1 Pe 4.12,13
Alegrai-vos com a provação
S
Terça - Lm 5.21
Nossa oração pelo perdão
T
Quarta - Jo 3.3
Novo nascimento e Reino de Deus
Q
Quinta - 1 Jo 5.4
A vitória sobre o mundo
Q
Sexta - 2 Co 6.2
Hoje é dia de salvação
S
Sábado - 1 Tm 2.4
Deus a todos quer salvar
S

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

 

 

Tiago 1.9-11,16-18

 

INTERAÇÃO
 
 
Deus pode fazer o mal? O contexto da epístola de Tiago mostra que Ele é bom e, portanto, a sua sabedoria só pode fazer o bem, jamais o mal. Nele, não há variação de bondade e malignidade; de luz ou trevas. O nosso Pai Celestial decidiu de uma vez por todas, em Jesus, fazer o bem para reconciliar o mundo consigo mesmo. Por isso, a sabedoria de Deus é pura, bondosa, benigna, humilde, cordata, temperante, etc. Porque Ele é bom! Prezado professor, que a bondade de Deus inunde a sua vida e a dos seus alunos. Que eles decidam amar o próximo como o nosso Pai o ama.

 

OBJETIVOS

 

 

 

Após a aula, o aluno deverá estar apto a:

Analisar a relação entre os pobres e os ricos da igreja.

Defender a verdade que Deus só faz o bem.

Compreender que os filhos de Deus são as primícias dentre as criaturas.

 

 

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
 
 
Prezado professor, para concluir o primeiro tópico da lição sugerimos mais uma leitura dos versículos 9-11 do primeiro capítulo de Tiago. Logo em seguida, explique aos alunos que à luz das Escrituras, apesar de o pobre ser marginalizado pela sociedade cuja cultura predominante é a de "ter" e não de "ser", ele é convidado a gloriar-se em Cristo pela sua nova posição de filho de Deus. Enquanto o rico, no encontro com o Evangelho de Cristo, é convidado por Cristo a se humilhar para compreender a natureza passageira da sua riqueza. Sabendo assim acerca da sua missão de suprir o pobre necessitado. Conclua o tópico afirmando que Deus é o Senhor dos pobres e dos ricos.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 


Na lição de hoje vamos estudar acerca da qualidade relacional da igreja(se refere à qualidade de relacionamento dos irmãos em Cristo entre si) nos diversos níveis de interação entre pessoas geradas pela Palavra. Veremos a Epístola de Tiago apontando as distorções sociais ( são as distorções que ocorrem no meio da sociedade. Os desrespeito aos pais, a inversão de valores, o anarquismo e diversos outros). que podem existir em um ambiente eclesiástico ou de convivência entre irmãos. A nossa perspectiva é a de que possamos nos relacionar com o outro independente da sua condição econômica e social. Ligados, sobretudo, pelo Evangelho (o evangelho é o ponto em comum entre os irmãos em Cristo. Independente das diferenças que há entre nós, devemos ter relacionamentos cristãos com nossos irmãos em Cristo.

 

 

I. A RELAÇÃO ENTRE OS POBRES E OS RICOS DA IGREJA (Tg 1.9-11)

 

1. Os pobres na Igreja do primeiro século.

Do ponto de vista social, a pobreza exclui o ser humano dos direitos básicos necessários à sua subsistência. Não é difícil reconhecer que a Igreja do primeiro século era constituída por duas classes sociais: a dos pobres e a dos ricos, (é bom lembrar que era muito mais difícil ser pobre na época da igreja apostólica do que atualmente, devido à falta de assistência do estado). tendo evidentemente mais pobres em sua composição. Uma vez que não podemos fazer acepção de pessoas (Rm 2.11; Cl 3.11), os pobres daquela época, que foram gerados pela Palavra e inseridos no corpo  de Cristo - a Igreja - tinham motivos de alegrar-se no Senhor, pois além do novo nascimento, eles eram acolhidos pela igreja local (Gl 2.10). (a igreja em Jerusalém vivia no modelo de comunidade, quando alguém se convertia entrava para a comunidade dos santos e ali, caso tivesse bens, vendia-os e davam para a comunidades e aqueles que nada tinham eram acolhidos nessa comunidade.

Atos 4:32-34).

 

2. Os ricos na Igreja Antiga.

 Por vezes, os ricos são identificados na Bíblia como judeus proprietários de muitos bens e que negligenciavam as obrigações (aos ricos haviam muitas obrigações no que tange a cuidar dos pobres, na verdade não se deve generalizar, porque nem todos os ricos deixavam de cumprir suas obrigações como cidadãos dessa classe. (Alguns ricos que eram bons exemplos: Abraão, Isaque, Jacó, Jó, Ló, Boaz e outros).

 que pesam sobre os que desfrutam de tal condição (Lv 19.10; 23.22,35-55; Dt 15.1-18; Is 1.15-17; Mq 6.9-16; 1 Tm 6.9,17-19). Por cuja razão, e pelas suas atitudes, eles eram frequentemente repreendidos pelas Escrituras (Am 3.10; Pv 11.28; 1 Tm 6.17-19; Lc 6.24; 18.24,25). Os ricos e abastados têm a tendência a desenvolverem a arrogância, (“arrogância” é o contrário de humildade, seria a falta de humildade. (A arrogância acumula os outros sentimentos como a inveja, altivez, presunção, vaidade, etc).

a autossuficiência e a postura de senhores poderosos, (a postura é um elemento essencial, pois às vezes, o indivíduo não disse nada demais e nem agiu arrogantemente, mas a postura dele pode transmitir a imagem de arrogante).

que pensam poder comprar as pessoas a qualquer preço. As Escrituras são claras em afirmar que o Reino de Deus não pode ser comprado por dinheiro algum. (alguns crentes que possuem dízimo elevado acabam pensando que podem viver de qualquer maneira, trazendo escândalo para a igreja.

É possível o irmão rico ser gerado pela Palavra e tornar-se um filho de Deus? Sim, claro (Lc 18.25-26). Porém, ele pode encontrar maior dificuldade (isso é fato, é bem mais difícil para alguém que possui muitos bens, se desprender deles do que aqueles que possuem pouco, a começar pelo cálculo do dízimo).

para desprender-se de suas riquezas (Mt 19.23-26, cf. v.11). É imprescindível que os mais abastados compreendam que após entregarem-se a Cristo, obedecerão ao mesmo Evangelho a que os irmãos pobres submetem-se. Aqui, torna-se ainda mais clara a verdade bíblica: para Deus não há acepção de pessoas (Rm 2.11; Cl 3.11).              

3. Perante Deus, pobres e ricos são iguais.

A igreja local deve receber a todos no espírito do Evangelho, isto é, como membros da família de Deus, pois através da salvação em Cristo, independentemente da condição (Jesus é a razão pela qual todos são aceitos diante de Deus, Seu sacrifício não foi dirigido a uma classe e nem a um povo somente.
social, todos têm a Deus como Pai (Rm 8.14), e a Jesus como irmão (Lc 8.21). Somos coerdeiros, (coerdar significa herdar juntamente).juntamente com Cristo, de uma herança eterna (1 Pe 1.4), pertencentes à santa família de Deus (Ef 2.19) e cidadãos de um reino imutável (Hb 12.28). Na família de Deus há lugar para todo ser humano justificado por Cristo. Portanto, o irmão pobre e o irmão rico não devem se envergonhar de suas condições sociais. Se o Evangelho alcançou seus corações, o rico saberá biblicamente (através da Bíblia toda pessoa tem a forma de viver diante dos homens e de Deus). Não adiante buscar nos livros seculares ou ficar simplesmente copiando as outras pessoas de sucesso, é necessário que cada pessoa busque sua orientação na Palavra.

o que fazer com a sua riqueza. E o pobre, de igual forma, como viverá sua pobreza. O importante é que Cristo em tudo seja exaltado!

 

SINOPSE DO TÓPICO (1)

Na igreja do primeiro século, pobres e ricos eram acolhidos em amor.

 

II. DEUS SÓ FAZ O BEM (Tg 1.16,17)

 

1.       Não erreis (v.16).

Com essa advertência o meio-irmão (lembrando que Tiago e Judas eram filhos de Maria com José, por isso são chamados de meio-irmão de Jesus).

 do Senhor não está afirmando a doutrina da "santidade plena" (seria a natureza santa semelhante a dos anjos).

ou perfeccionista: a de que o homem, uma vez remido, não mais pecará. não deve ser confundido com a predestinação fatalista que afirma: “uma vez salvo, salvo para sempre”.

Tal palavra tem como propósito conclamar o crente a não dar ouvidos à "voz" da concupiscência carnal. (a concupiscência é o desejo exagerado da carne. A concupiscência é a arma que Satanás usa para atacar o ser humano). Recapitulando a mensagem dos versículos 12 a 15, que tratam do tema da tentação, os versículos 9 a 11 formam uma introdução ao tema da tentação, ao passo o que versículo 16 é uma advertência para os crentes não se curvarem aos desejos imorais e infames do mundo, pois Deus é a fonte de tudo o que é bom. Logo, não podemos dar crédito àquilo que é mau.

 

2.  Todo dom e boa dádiva vêm de Deus.

Um dom de Deus, como a sabedoria que torna uma pessoa espiritualmente madura (v.4), não pode ser recebido pelo crente através de esforço humano. (lembrando que a sabedoria a que se refere aqui é a espiritual, pois o conhecimento humano para uma sabedoria puramente racional se adquire a base de muito esforço, mas caso você não concorde com isso pode passar simplesmente dessa forma: a sabedoria se consegue sem esforço humano, mas o conhecimento se conquista com muita disciplina e persistência).  Quem o distribui é Deus. Este dom é fruto da graça do Pai para nós. Num tempo onde o ascetismo religioso (é a ideia de sacrificar a própria natureza em prol de uma posição espiritual mais elevada. Seria a prática demasiada de jejuns, vigílias, montes, etc. Nem o monte, nem o jejum é errado, mas se for feito com exagero pode prejudicar a família e a vida espiritual). tende a tirar o foco da glória de Deus (muitos acreditam que a espiritualidade vem dessas coisas e passam a buscar isso mais do que a fazer a vontade de Deus. Alguns passam dias no monte, enquanto a Bíblia manda mostrarmos nossas boas obras diante dos homens).

 e da sua benignidade, tornando o ser humano "digno" do céu, (o ser humano não é digno do céu, é Jesus quem o justifica. Porém quando a pessoa passa a focar mais na prática de obras ela começa a se achar digno devido a seu trabalho árduo).

 precisamos lembrar que a nossa vida espiritual não depende de disciplinas humanas para receber dádivas de Deus. Depende de um relacionamento livre, espontâneo e sincero com o Pai das Luzes mediante o seu Filho, Jesus Cristo, e na força do Espírito Santo.

 

3.  A origem de tudo o que é bom está no Pai das Luzes.

 Ao escrever que "toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto", Tiago declara que apenas as boas virtudes vêm de Deus. Não há sombra de variação no Pai das Luzes, (ao que parece somente Tiago se refere a Deus dessa forma, é compreensível por ter sido Deus quem formou a luz). isto é, nele não há momentos de trevas (aqui está uma clara comparação entra a natureza humana e a divina. Mostrando que a divina é imutável, enquanto o homem é mutável).

e outros de luzes. Só há luz. Ele não muda e é bom! Não faz o mal aos seus filhos (Lc 11.11-13). Infelizmente, muitos têm uma visão turva de Deus turvo é qualidade do que está escurecido, opaco, impedindo a transparência”. Assim está a visão de muitos em relação a Deus, eles vêem Deus como um pai cruel que está sempre disposto a disciplinar com rigor os seus filhos.

como se Ele fosse um carrasco pronto a castigar-nos na primeira oportunidade. Não devemos falar sobre o Pai desta maneira, lembremo-nos do ensinamento joanino (se refere ao ensinamento do apóstolo João). que fala sobre sermos defendidos e advogados por Jesus, o Filho de Deus (1 Jo 2.1,2).   

 

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Tudo o que é bom vem de Deus, pois nele não há momento de bondade e maldade. Ele é sempre bom!

 

III. PRIMÍCIAS DE DEUS ENTRE AS CRIATURAS (Tg 1.18)

 

1.  Algo que somente Deus faz.

 A regeneração (é a doutrina que firma que a alma humana é regenerada à posição que estava antes da Queda De acordo com essa doutrina a pessoa se torna uma nova criatura ao aceitar a Cristo de coração e evidencia isso nas obras).

 é um milagre proveniente do Pai das Luzes, (a regeneração é o grande milagre que Deus opera no homem Muitas vezes esperamos um grande sinal miraculoso, mas o maior milagre é a salvação de uma alma).

segundo a sua vontade (v.17). Foi Ele que nos gerou pela Palavra da Verdade. Ser gerado de novo é uma ação realizada exclusivamente pelo Pai das Luzes através do Santo Espírito. Ele limpa o homem dos seus pecados (Is 1.18), dando-lhe perdão e implantando lhe um novo caráter. (caráter é a característica que define a personalidade de alguém, a mudança do caráter humano é o grande diferencial nessa obra de regeneração, pois o homem que antes tinha uma má índole agora passa a ter uma boa índole).

Aqui, acontece o que o nosso Senhor falou aos seus discípulos: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada" (Jo 14.23). O Pai é a fonte de nossa vida espiritual (Jo 1.12,13).

 

2.  A Palavra da verdade.

 Naqueles dias, parte da igreja estava dispersa, sofrendo muitas tribulações. Para superá-las era preciso uma inabalável convicção de que, apesar das lutas, ela não havia deixado de ser as primícias do Senhor entre as criaturas. (se refere à colheita dos primeiros frutos. O melhor da terra, e não o resto. Assim Deus vê a Sua Igreja). Por esse motivo, Tiago enfatiza a expressão "Palavra da Verdade". Fomos gerados e enxertados pela Palavra “enxertado” em agricultura é aplicar um ramo de uma planta em outra, misturando as naturezas. O judeu conhecia muito bem essa terminologia e por isso Tiago afirma que a Palavra foi enxertada em nós, passando a fazer parte da nossa natureza. Paulo afirmava que fomos enxertados na natureza de Cristo. Romanos 11.24

 que salva a nossa alma (v.21). Assim, a despeito de todas as circunstâncias difíceis da vida, podemos aplicar essa verdade afirmando que somos filhos de Deus, as primícias entre as criaturas do Senhor.

 

 3.   O propósito de Deus.

 A salvação é a maior bênção de Deus para a humanidade. (muitos ministérios deturparam essa verdade, pregando a aquisição de coisas materiais como sinal de vitória). O propósito divino não é primeiramente abençoar o crente com bênçãos materiais, (professor(a), seja enfático e decisivo, se alguém pensa que Deus está querendo deixar seus filhos ricos, está “diabolicamente” enganado).

 mas fazer dele primícias de suas criaturas: os salvos pela graça mediante a fé (Ef 2.8). No Antigo Testamento, as primícias eram a colheita do melhor fruto (Lv 23.10,11 cf. Êx 23.19; Dt 18.4). Ao referir-se às primícias, Tiago dizia aos primeiros irmãos, notadamente judeus, que eles foram escolhidos como primícias do Evangelho. Os primeiros de muitos outros que Deus havia começado a colher. Alegre-se no Senhor! Você faz parte das primícias (aqui o comentarista está falando diretamente a nós, quer dizer que depois de nós virão muitos outros).

da sua geração. Escolhido por Deus e nomeado por Ele para proclamar as virtudes do Senhor neste mundo

 

SINOPSE DO TÓPICO (3)

A partir da promessa da salvação, Deus colhe as suas primícias (os salvos) dentre as criaturas.

 

CONCLUSÃO

 

Inseridos no processo de aperfeiçoamento espiritual, (é o processo no qual vamos melhorando a cada dia, crescendo na graça e no conhecimento).

 sofremos os mais diversos tipos de provações, independentemente de nossa posição social, econômica e cultural. Tais situações aperfeiçoam-nos e amadurecem-nos como pessoas. Quando alguém é gerado pela Palavra da Verdade, ele é chamado pelo Pai a viver o Evangelho em fidelidade. (é viver o Evangelho de forma fiel, não enganando as pessoas se mostrando ser aquilo que não é, e nem se enganando a si mesmo). Não podemos nos esquecer do nosso maior desafio: fazer o Evangelho falar num mundo dominado por relacionamentos distorcidos. (essa é uma característica dos relacionamentos do mundo atual, As pessoas confundem o que é colega ou amizade verdadeira, atualmente todos são contatos).

Somo o Corpo de Cristo, a Igreja de Deus: a coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.15).

 

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI
 
 
Subsídio Histórico-Cultural
"Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação, e o rico, em seu abatimento (1.9,10). A primeira palavra é hypsos, 'exaltação'. A segunda é tapeinosis, 'humildade/humilhação'. O perigo da pobreza é que uma pessoa pode invejar os ricos e sentir-se inferior, ao passo que o perigo da riqueza é que uma pessoa pode tornar-se orgulhosa e arrogante. Cada perigo é equilibrado pela perspectiva da vida, que é modelada pela fé. O pobre encontra conforto e identidade na percepção de que em Cristo ele foi exaltado até a posição de um filho de Deus. O rico recupera a humildade ao contemplar o fato de que a riqueza material é passageira, e que para vir até o Senhor ele abandonou a dependência de suas posses, aproximando-se de Deus como um homem necessitado, procurando a salvação que está enraizada na graça" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.513).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII
 
 
Subsídio Teológico
“O Nascimento através da Palavra (1.17-18).
Nesse capítulo de abertura, ao insistir que 'Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto' (v.17), Tiago está realçando dois pontos cruciais de seu argumento.
Deixa claro que um 'dom perfeito', tal como a sabedoria, necessário para tornar uma pessoa 'madura' ('madura' em 1.4 e 'perfeita' em 1.17 são traduções da mesma palavra grega, teleios), não pode ser recebido através do esforço humano, pois este vem somente de Deus.
Ao afirmar que 'todos' esses dons têm sua origem em Deus, Tiago está também declarando sua convicção de que somente bons dons vêm de Deus. Quando diz que Deus é o 'Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação', está provavelmente fazendo uma alusão a fenômenos astronômicos, tais como eclipses lunares ou solares, ou às fases da lua. Pode-se confiar que cada dom de Deus será bom e não resultará em qualquer tentação ou provação (1.13 e comentários).
A vontade de Deus difere da humana não só em sua perfeita bondade, mas também em seus efeitos. Enquanto a vontade humana, pela sua inclinação ao mal, originária de nossa natureza pecaminosa, leva a ações que irão ao final resultar em morte, a vontade de Deus leva à vida. Na verdade, Tiago estabelece o contraste desses diferentes resultados por meio de paralelos entre os processos de três estágios que se iniciam com a vontade humana e a divina" (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.1666).

VOCABULÁRIO

 

Ascetismo: Doutrina de pensamento ou de fé que considera a ascese, isto é, a disciplina e o autocontrole estritos do corpo e do espírito, um caminho imprescindível em direção a Deus, à verdade ou à virtude.

Joanino: Referente ao Evangelho de João.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

 

PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

 

 

SAIBA MAIS

 

 

Revista Ensinador Cristão CPAD

 nº 59, p.38.