quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A MENTE RENOVADA
(Ef 4:17-24)



Pois neste trecho da Epístola aos Efésios o apóstolo Paulo demonstra a grande diferença que o conhecimento da verdade revelada através de Jesus Cristo,e faz na vida de uma pessoa.  Alguém que não conhece ou reconhece o Senhor: Sua Pessoa, Seu Poder, Sua Palavra e Seus Propósitos, é chamado por Paulo de gentio (v. 17), ou velho homem (v. 22). Vale ressaltar que todos fomos gentios e velhos homens, e deixamos de sê-lo a partir do momento que conhecemos Jesus e
aprendemos Seus ensinos.
                                  I
O estilo gentio/velho homem de vida:

Estilo é um modelo, um padrão. Fala-se muito sobre estilo nos dias de hoje com relação à moda e aos costumes. Na verdade, o estilo é determinado pela maneira de pensar – a forma como as pessoas vêem a vida e como valorizam as coisas. Observe no texto as características predominantes do nosso antigo estilo de vida:
 
1)      Inutilidade dos pensamentos (v. 17):
isto se deve aos valores invertidos – coisas totalmente inúteis são super. valorizadas. Quando se valoriza coisas tidas por Deus como “inúteis”, a vida se torna fútil, desperdiçada. Por exemplo, a supervalorização da aparência física. No jornal que li hoje há uma matéria sobre jovens que continuam ingerindo anabolizantes veterinários, chegando ate óbito.

2)      Obscurecidos no entendimento (v. 18):
o que o apóstolo quer dizer com isto?  Que o entendimento destes está escuro para as verdades de Deus. Que coisa triste saber que há muitas pessoas totalmente ignorantes para as verdades de Deus, mas sábios para o mal – astutos na malícia – sabem fazer o mal com “excelência infernal” (leia Jr 4:22). No capítulo 3 de I Coríntios, Paulo explica que o gentio, ali chamado de homem natural, não consegue discernir as coisas de Deus, para as quais precisamos ter uma mente renovada.
 
3)      Separados da vida de Deus (v. 18):
A vida de Deus é a vida em Deus.  Jesus disse: Eu Sou a Vida (Jo 14:6) e Eu dou a Vida e Vida em abundância (Jo 10:10).Um gentio não vê graça na vida de Deus vivida por um cristão autêntico. Resistirão pecado, manter-se fiel, buscar santidade, adorar, servir, perdoar, abençoar, ofertar... verbos tão normais na vida em Deus são inconjugáveis para quem está preso ainda ao estilo gentio de vida.

4)      Depravação e Impureza (v. 19):
Por favor, leia detidamente novamente o verso 19 com muita atenção; Estas duas palavras têm a ver com “sexualidade”, pecaminosa – pornografia, prostituição e adultério. Pedofilia e prostituição infantil são exemplos de como a sociedade que ignora a vida em Deus caminha pelas vias da depravação. A indústria da prostituição e da pornografia movimenta bilhões de dólares. Qualquer locadora de vídeos ou banca de jornais vende estas coisas a preços acessíveis à maioria das pessoas. Como pode uma sociedade conviver com coisas tão degradantes e abomináveis aos olhos do Criador? Este texto nos ajuda a entender. Vale lembrar que Deus não aceita adeptos deste tipo de abominação no meio do Seu povo: vide Ef 5:5, Ap 21:8. Há um texto tremendo que você pode mencionar aos seus discípulos sobre a questão da imoralidade sexual relacionada à mente obscurecida, Rm 1:28-32.
 
5)      Enganados pelos desejos (v. 22): 
 Os desejos são por vezes chamados na Bíblia de paixões da carne.  Alguém que se deixa conduzir pelos desejos é carnal e inconsequente. Você sabe o que acontece com a criança cujos pais atendem todos os seus desejos. A própria Psicanálise explica que os desejos não podem ser desenfreados – precisam ser censurados, contidos. O apóstolo Paulo observa que tais pessoas se corrompem, ou seja, “se consomem, se acabam...” na satisfação destes desejos desenfreados. Um exemplo disto, os vícios.
                                 II

O ESTILO NOVO HOMEM DE VIDA!
 Jesus Cristo veio para nos dar vida. Para tanto, é preciso reconhece-lo como o autor da vida e da nossa salvação.  Ao reconhece-lo, você se abre para receber uma renovação em sua mente – o que antes era ignorância e escuridão agora será transformado. Na medida que você aprenderá a Palavra, sua mente será purificada e reorientada. Isto se chama discipulado.  Os valores mudarão. A mudança será tamanha que até seus costumes mudarão.  Não é à toa que o apóstolo escreveu acerca de trocar de roupasdespir-se do velho homem e revestir-se do novo homem. As roupas e os modos denunciam a mente. Reflita nisto. Abrindo sua vida a Jesus, sua mente será preenchida com Seus Ensinos e sua vida transformada.

ESCRITO POR
Paulo Petrizi
POSTADO POR MIM:

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Amós

Lição 428 de Outubro de 2012


Amós
 - A Justiça Social como Parte da Adoração

TEXTO ÁUREO


"Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus"
(Mt 5.20).
JUSTIÇA:
ESCRIBAS: Esdras foi um escribas, e fez algumas reformas, É nas paginas do novo testamento, que sobre o emprego da palavra “escriba” indicando alguém que era erudito,  ou autoridade na lei moisaca. Os “escribas“ São ali achado ligados ao período sacerdotal (Os saduceus por exemplos; Mat 2.4;21.15).E também o partido dos fariseus, (Conf. Mat 23)Foi eles que desafiaram Jesus quando so discípulos não lavaram as mãos para comer. Mat15.2;Mac 7.51;Em 1cor 1.20-25; Paulo aplica a eles como mestres da lei;
FARISEUS:Essa palavra se deriva do vocábulo hebraico que significa; “SEPARADO” , Aparece pela primeira vez como um grupo distinto, pouco depois da revolta, encabeçada pelos macabéus, em 140 A.C (Que libertou os judeus dos siros opressivos), Os fariseus vinham entre o povo comum, e faziam contraste com os saduceus, que eram um grupo proveniente da aristocracia. No principio era um grupo reformador, que tencionava purificar e defender a crença ortodoxa E atos 15.5:
Após algum tempo passado, entrou na fileira do farisaísmo uma grande quantidade de atitudes legalistas e ritualista, que servi apenas para obscurecer os objetivo do grupo, embora continuassem ortodoxo, gradualmente foram perdendo a presença e aprovação de Deus.

VERDADE PRÁTICA


Justiça e retidão são elementos necessários e imprescindíveis à verdadeira adoração a Deus.

HINOS SUGERIDOS 124, 131, 143

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Pv 14.34
A justiça social exalta as nações
S
Terça - Pv 19.17
Quem ajuda o pobre empresta a Deus
T
Quarta - Is 1.13-15
O sacrifício e o estado espiritual do adorador
Q
Quinta - Rm 15.26,27
A espiritualidade do trabalho social 
Q
Sexta - 2 Co 9.8,9
Deus abençoa quem socorre os pobres
S
Sábado - Tg 1.27
Socorrer os necessitados é parte da adoração
S

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



Amós 1.1; 2.6-8; 5.21-23

INTERAÇÃO



O nome Amós quer dizer "fardo" e Tecoa significa "soar o chifre do carneiro". Estas significações denotam a mensagem de destruição ecoada no Reino do Norte. O profeta não exitara em denunciar a corrupção do sistema político, jurídico, social e religioso de Israel. Amós ainda teve de enfrentar uma franca oposição religiosa do sacerdote Amazias. Este era alinhado à política de Jeroboão II. Em Amós aprendemos o quanto pode ser nefasta a mistura da política com a religião. Ali, tínhamos um sacerdote, "representante de Deus" dizendo sim para tudo o que o rei fazia. Mas lá, o profeta "boieiro" dizia não! Era o Soberano dizendo "não" para aquela espúria relação de poder.

OBJETIVOS



Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Dissertar a respeito da vida pessoal de Amós e a estrutura do livro.


Saber quea justiça social é um empreendimento bíblico.


Apontar a política e a justiça social como elementos de adoração a Deus.




ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Prezado professor, vivemos num tempo de grandes injustiças sociais e corrupção política.Pessoas sem temor de Deus e amor ao próximo buscam intensamente os seus próprios interesses.(1Tm 3.1-10) Por isso, sugerimos que, ao introduzir os tópicos II e III da lição, pergunte aos alunos o que eles pensam sobre esse quadro de corrupção e injustiça social instalados em nossa sociedade. Em seguida, com o auxílio do esquema abaixo  explique os termos "política"e "justiça social".Diga que, à luz da mensagem de Amós, tais práticas fazem parte da adoração a Deus.

POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL EM AMÓS

POLÍTICA

JUSTIÇA SOCIAL

Queremos dizer sobre política “o conjunto de práticas relativo a uma sociedade”. Pois as relações humanas numa sociedade são estabelecidas de acordo com decisões políticas tomadas por representantes dela (Am 7.10-14).
Queremos dizer sobre política “o conjunto de práJustiça social é o conjunto de ações sociais, destinado a suprimir as injustiças de todos os níveis, reduzindo a desigualdade e a pobreza, erradicando o analfabetismo e o desemprego, etc (Am 8.4-8).

COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

O livro de Amós permanece atual e abrange diversos aspectos da vida social, política e religiosa do povo de Deus. O profeta combateu a idolatria, denunciou as injustiças sociais, condenou a violência, profetizou o castigo para os pecadores contumazes e também falou sobre o futuro glorioso de Israel. Amós é conhecido como o livro da justiça de Deus e mostra aos religiosos a necessidade de se incluir na adoração dois elementos importantes e há muito esquecidos: justiça e retidão.

I.O LIVRO DE AMÓS

1. Contexto histórico.Amós era originário de Tecoa, aldeia situada a 17 quilômetros ao sul de Jerusalém e exerceu o seu ministério durante os reinados de Uzias, rei de Judá, e de Jeroboão II, filho de Joás, rei de Israel (1.1; 7.10). Foi, de acordo com a tradição judaico-cristã, contemporâneo de Oseias, Jonas, Isaías e Miqueias, no período assírio.
2. Vida pessoal. Apesar de ser apenas um camponês de Judá, "boieiro e cultivador de sicômoros" (7.14) e de não fazer parte da escola dos profetas, foi enviado por Deus a profetizar em Betel, centro religioso do Reino do Norte (4.4). Ali, Amós enfrentou forte oposição do sacerdote Amazias,(O problema estava em casa),alinhado politicamente ao rei Jeroboão II (7.10-16).
Todo o sistema político, religioso, social e jurídico do Reino de Israel estava contaminado. Foi esse o
 quadro que Amós encontrou nas dez tribos do Norte.

A).O profeta tornou pública a indignação de Jeová contra os abusos dos ricos, que esmagavam os pobres.

B).Ele levantou-se também contra as injustiças sociais e contra toda a sorte de desonestidade que pervertia o direito das viúvas, dos órfãos e dos necessitados (2.6-8; 5.10-12; 8.4-6).

C).No cardápio da iniquidade, estavam incluídos ainda o luxo extravagante, a prostituição e a idolatria (2.7; 5.12; 6.1-3).

3. Estrutura e mensagem. O livro se divide em duas partes principais. A primeira consiste nos oráculos que vieram pela palavra (1-6) e a segunda, nas visões (7-9).
a).O discurso de Amós é um ataque direto às instituições de Israel, confrontando os males que assolavam os fundamentos sociais, morais e espirituais da nação.
O assunto do livro é a justiça de Deus. O discurso fundamenta-se em denúncias e ameaças de castigo, terminando com a restauração futura de Israel (9.11-15). Ele é citado em o Novo Testamento (Am 5.25,26 cp. At 7.42,43; 9.11,12 cp. At 15.16-18).

SINÓPSE DO TÓPICO (1)
O livro do profeta Amós pode ser dividido em duas partes principais: oráculos provenientes pela palavra (1-6) e pelas visões (7-9).

II.POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL

1. Mau governo.Infelizmente, alguns líderes, como Saul e Jeroboão I, filho de Nebate, causaram a ruína do povo escolhido (1 Cr 10.13,14; 1 Rs 13.33,34). Amós encontrou um desses maus políticos no Reino do Norte (7.10-14). Oseias, seu colega de ministério, também denunciou esses males com tenacidade e veemência (Os 5.1; 7.5-7).
2. A justiça social.É nossa responsabilidade pessoal lutar por uma sociedade mais justa. Tal senso de justiça expressa o pensamento da lei e dos profetas e é parte do grande mandamento da fé cristã (Mt 22.35-40). Amós foi o único profeta do Reino do Norte a bradar energicamente contra as injustiças sociais, ao passo que, em Judá, mensagem de igual teor aparece por intermédio de Isaías, Miqueias e Sofonias.
3. O pecado.A expressão: "Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo" (2.6) refere-se não à numeração matemática, mas é máxima comum na literatura semítica (veja fraseologia similar em Jó 5.19; 33.29; Ec 11.2; Mq 5.5,6). Nesse texto, significa que a medida da iniquidade está cheia e não há como suspender a ira divina.

SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O senso de justiça cristã expressa o pensamento da lei e dos profetas que, por sua vez, é parte do grande mandamento de Jesus Cristo.

III. INJUSTIÇAS SOCIAIS

1. Decadência social (2.6).Amós condena o preconceito e a indiferença dos mais abastados no trato aos carentes do povo, que veem seus direitos serem violados (2.7; 4.1; 5.11; 8.4,6). Vender os próprios irmãos pobres por um par de sandálias é algo chocante. Tal ato, que atenta contra a dignidade humana, demonstra a situação de desprezo dos poderosos em relação aos menos favorecidos. Uma vez que as autoridades e os poderosos aceitavam subornos para torcer a justiça contra os pobres, o profeta denuncia esse pecado mais de uma vez (8.4-6).
2. Decadência moral.A prostituição cultual era outra prática chocante de Israel e mostra a decadência moral e espiritual da nação: "Um homem e seu pai coabitam com a mesma jovem e, assim, profanam o meu santo nome" (2.7 - ARA). O pior é que tal prostituição era financiada com o dinheiro sujo da opressão que os maiorais infligiam ao povo (2.7,8). 
3. Decadência religiosa. O profeta denuncia a violação da lei do penhor que ninguém mais respeitava (Êx 22.26,27; Dt 24.6,17). A acusação não se restringe à crueldade e à apropriação indébita, mas também a prática do culto pagão, visto que a expressão "qualquer altar" (2.8) não pode ser no templo de Jeová, e sim no de um ídolo. Amós encerra a denúncia a essa série de pecados, condenando a idolatria, a cobrança indevida de taxas e a malversação dos impostos no culto pagão e nos banquetes em honra aos deuses.

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

As injustiças sociais no livro de Amós são representadas pelas decadências social, moral e religiosa.

IV. A VERDADEIRA ADORAÇÃO

1. Adoração sem conversão.A despeito de sua baixa condição moral e espiritual, o povo continuava a oferecer o seu culto a Jeová sem refletir e com as mãos sujas de injustiças. Comportando-se assim, tanto Israel como Judá, reproduziam o pensamento pagão, segundo o qual sacrifícios e libações são suficientes para aplacar a ira dos deuses. Entretanto, Deus declara não ter prazer algum nas festas religiosas que os israelitas promoviam (5.21; Jr 6.20).
2. O significado dos sacrifícios.Expressar a consagração do ofertante a Deus era uma das marcas dos sacrifícios. E Amós menciona dois: "ofertas de manjares" e "ofertas pacíficas" (5.22). As ofertas de manjares não eram sacrifícios de animais. Tratava-se de algo diferente, que incluía flor de farinha, pães asmos e espigas tostadas, representando a consagração dos frutos dos labores humanos a Deus (Lv 2.14-16). Já as ofertas pacíficas eram completamente voluntárias e tinham uma marca distintiva, pois o próprio ofertante podia comer parte do animal sacrificado (Lv 7.11-21).
3. Os cânticos. Os cânticos faziam parte das assembleias solenes (5.23). No entanto, eles perdem o valor espiritual quando não há arrependimento sincero. A verdadeira adoração, porém, não consiste em rituais externos ou em cerimônias formais. O genuíno sacrifício para Deus é o espírito quebrantado e o coração contrito (Sl 51.17). Há um número muito grande e variado de palavras hebraicas e gregas para descrever a adoração e o ato de adorar. Contudo, a ideia principal de todas é de devoção reverente, serviço sagrado e honra a Deus, tanto de maneira pública como individual. Em suma, Deus exige de seu povo verdadeira adoração.

SINÓPSE DO TÓPICO (4)

A verdadeira adoração não consiste em rituais externos ou em cerimônias litúrgicas, mas no espírito quebrantado e num coração contrito

CONCLUSÃO

A adoração ao verdadeiro Deus, nas suas várias formas, requer santidade e coração puro. Trata-se de uma comunhão vertical com Deus, e horizontal, com o próximo (Mc 12.28-33). Essa mensagem alerta-nos sobre o dever cristão de não nos esquecermos dos pobres e necessitados e também sobre a responsabilidade de combatermos as injustiças, como fizeram Amós e os demais profetas.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Bibliológico
"O Quarteto do Período Áureo da Profecia Hebraica
O profeta Amós exerceu o seu ministério 'nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei Israel' (1.1). Isso mostra que ele viveu na mesma época de Oseias e Isaías. Ele era de Tecoa, na Judeia, mas Deus o enviou para profetizar em Samaria, no reino do Norte. Miqueias é também dessa época, mas começou suas atividades um pouco depois dos três primeiros, pois Uzias não é mencionado: 'nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá' (1.1).
Os profetas Isaías, Miqueias, Amós e Oseias foram contemporâneos, o ministério de cada um deles começou entre 760 e 735 a.C. [...] Ambos eram do Reino do Sul, capital Jerusalém. Oseias e Amós exerceram seu ministério no reino do Norte, em Samaria" (SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia:A voz de Deus na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.116).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Teológico
"DEUS E AS NAÇÕES
[...] Amós e Miqueias têm muito mais a dizer sobre a relação das nações com Israel e o seu Deus. Desde o início, ambos os livros deixam claro que a soberania do Senhor não está limitada a Israel, mas se estende a todas as nações. Amós começa com uma série de falas de julgamento contra as nações vizinhas de Israel (Am 1.3-2.3). Miqueias inicia com um retrato vívido da descida teofânica do Senhor para julgar as nações (Mq 1.2-4). Para estes profetas, o Deus de Israel é 'Senhor de toda a terra' (cf. Mq 4.13), que controla a história e o destino das nações (Am 9.7). De acordo com Amós 9.12, as nações 'são chamadas' pelo 'nome' do Senhor. A expressão aponta a propriedade e autoridade do Senhor sobre as nações como deixa claro o uso constante em outros textos bíblicos (cf. 2 Sm 12.28; Is 4.1).
A palavra usada nos oráculos de Amós 1 e 2 para caracterizar os pecados das nações diz respeito ao ato de rebelião contra a autoridade soberana. Em outros textos bíblicos, o termo é usado para referir-se a uma nação que se rebela contra a autoridade de outra (cf. 2 Reis 1.1; 2 Reis 3.5,7). Judá (Am 2.4,5) e Israel (Am 2.6-16) quebraram o concerto mosaico. Entretanto, por qual arranjo as nações estrangeiras eram responsáveis diante de Deus? Entre os crimes alistados incluem-se atrocidades em tempo de guerra, tráfico de escravos, quebra de tratados e profanação de túmulos. Todos estes considerados juntos, pelo menos em princípio, são violações do mandato de Deus dado para Noé ser frutífero, multiplicar-se e mostrar respeito pelos membros da raça humana como portadores da imagem divina (cf. Gn 9.1-7). É possível que Amós tivesse visto este mandamento noético no plano de fundo de um tratado entre suserano e vassalo, comparando o mandato às exigências ou estipulações de tratado. De modo semelhante, Isaías interpretou o crime de carnificina cometido pelas nações (Is 26.21) como violação da 'aliança eterna' (Is 24.5; cf. Gn 9.16) que ocasionaria uma maldição na terra inteira (cf. Is 24.6-13). A seca, um tema comum nas bíblicas e antigas listas de maldição mundial (cf. Is 24.4,7-9). No título da sua série de oráculos de julgamento, Amós também disse que o julgamento do Senhor ocasionaria seca (Am 1.2). Pelo visto, a seca compendiava as maldições que vinham sobre as nações por rebelião contra o Suserano" (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.446).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.       


SAIBA MAIS


Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 52, p.38.

EXERCÍCIOS


1. Qual o discurso do livro de Amós?
R. Um ataque direto às instituições de Israel, confrontando os males que assolavam os fundamentos sociais, morais e espirituais da nação.

2. Qual a nossa responsabilidade pessoal?
R. É nossa responsabilidade pessoal lutar por uma sociedade mais justa.

3. O que significa a expressão "por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo"?
R. Significa que a medida da iniquidade está cheia e não há como suspender a ira divina.

4. Quais as três decadências nos dias de Amós?
R. Social, moral e religiosa

5. Qual o verdadeiro sacrifício para Deus?
R. É o espírito quebrantado e o coração contrito